Cirurgia Bariátrica

A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia da obesidade, cirurgia metabólica ou, mais popularmente, redução de estômago, reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ela. O conceito metabólico foi incorporado pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento das comorbidades, principalmente  no diabetes e na hipertensão.

Os benefícios da cirurgia bariátrica são perda de peso, remissão das doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão, diminuição do risco cardiovascular e mortalidade, aumento da longevidade e melhora na qualidade de vida.

Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais, por isso deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos especialistas.

Vale lembrar que apesar dos inúmeros benefícios, a cirurgia bariátrica é apenas o primeiro passo de uma jornada rumo a uma vida saudável. O paciente precisará passar por uma mudança de hábitos, abandonando antigos costumes nocivos e adotando uma forma de vida mais saudável que inclui dieta equilibrada e prática de exercícios. A cirurgia da obesidade é indicada para pacientes que se encaixam em parâmetros determinados pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. Indica-se tratamento cirúrgico aos pacientes com IMC:

  • acima de 40;
  • entre 35 e 40 na presença de doenças associadas (hipertensão arterial, diabetes tipo 2, apnéia do sono, osteopatias, dislipidemia, etc…)

Não há restrições em relação à idade para pessoas entre 18 e 65 anos. Adolescentes e idosos são considerados casos de exceção,  sendo recomendada uma avaliação detalhada feita pelo cirurgião e por uma equipe multidisciplinar.

Diversos estudos no Brasil e no exterior têm comprovado ainda o benefício da cirurgia bariátrica para pessoas com IMC entre 30 e 35 na presença de diabetes e outras comorbidades graves. Pacientes nessas condições podem ser operados em casos especiais.

 

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Tipos de

cirurgias

São aprovadas no Brasil quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica: bypass gástrico, gastrectomia vertical (sleeve), banda gástrica ajustável e duodenal switch. Todas podem ser realizadas por videolaparoscopia, que é menos invasiva e mais confortável para o paciente.

Bypass

gástrico

 

(gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”, cirurgia de capella)

 

O bypass gástrico é uma técnica praticada no Brasil desde a década de 90. É muito segura e eficaz. Perde-se de 40 a 45% do peso inicial (60 a 70% de perda do excesso de peso).

Nesse procedimento, é feito o grampeamento e sutura de parte do estômago, criando um pequeno reservatório  que restringe a capacidade do estômago para receber o alimento. Associamos também um desvio intestinal, que promove diminuição da absorção de nutrientes e calorias. Esse mecanismo fica completo pelo aumento de hormônios reguladores que aumentam a saciedade e diminuem a fome.

Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças como a hipertensão arterial.

Gastrectomia

vertical (Sleeve)

 

Nesse procedimento o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 ml. Essa intervenção provoca boa perda de peso comparável à do bypass gástrico.

É um procedimento praticado desde o início dos anos 2000. É uma operação mais simples tecnicamente que o bypass e que hoje em dia representa uma grande porcentagem das cirurgias bariátricas no mundo.

 

Banda

gástrica ajustável

 

Quase não é mais realizada no país devido seus resultados insatisfatórios e elevado índice de complicações. Instala-se anel de silicone inflável ajustável ao redor do estômago, que promove uma compressão ajustável  sobre o órgão tornando possível controlar o esvaziamento do alimento.

O anel é ligado a um botão que fica embaixo da pele e pode ser alcançado por uma agulha de injeção, permitindo o controle do volume da banda.

Duodenal switch

(Derivação biliopancreática com desvio duodenal)

 

É a cirurgia bariátrica mais potente em termos de perda de peso e melhora ou resolução das doenças associadas. É pouco utilizada atualmente devido principalmente às complicações nutricionais como desnutrição e deficiências de vitaminas.

Reservada a pacientes super-obesos em casos especiais.

Pré-operatório

 

O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica. É pedido ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação.

No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames de sangue, além de passar em consulta com todos os profissionais da equipe multidisciplinar (cirurgião, nutricionista, psicóloga ou psiquiatra, endocrinologista e cardiologista).

A cirurgia

Atualmente a cirurgia bariátrica é procedimento bastante seguro e eficaz. E que além da perda de peso e melhora das doenças associadas, leva a melhora na qualidade de vida e redução da mortalidade.

Na operação por laparoscopia são realizadas de cinco a seis furinhos. Insufla-se a cavidade abdominal com gás carbônico, criando assim espaço dentro dela para que o cirurgião possa trabalhar com o auxílio de uma vídeo câmera, instrumentos e grampeadores especiais.

A cirurgia leva de 1h a 2h em média, e o paciente recebe alta em 24-48 horas.

 

Pós-operatório

 

Normalmente não há necessidade de UTI no pós-operatório. Após cerca de uma  hora na sala de recuperação pós-anestésica o paciente é encaminhado para o quarto. Logo após chegar no quarto e se recuperar por completo da anestesia o paciente deve iniciar fisioterapia respiratória e assim que possível sair do leito e caminhar.

O paciente deve permanecer em jejum absoluto até a liberação da dieta líquida pelo cirurgião. O que ocorre em torno de 24 horas após a cirurgia. A alta geralmente ocorre em torno de 36 a 48 horas da cirurgia.

É muito importante salientar que a dieta líquida deve ser seguida rigorosamente nos primeiros dias. Após esse período, haverá nova orientação nutricional com evolução da dieta. Em decorrência da restrição gástrica, mínimas quantidades de alimento várias vezes ao dia são suficientes para gerar saciedade plena.

Alguns pacientes podem necessitar de cirurgias plásticas após a cirurgia bariátrica para remoção do excesso de pele. Nesse caso as plásticas são consideradas cirurgias reparadoras e não estéticas.

O paciente deve sempre fazer consultas e exames periódicos no pós operatório. Além das consultas com o cirurgião, o acompanhamento com o endocrinologista, a nutricionista e a psicóloga são fundamentais para o sucesso do tratamento.

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